A Bíblia proíbe comer carne de porco?

Faixa de seção
A Bíblia proíbe comer carne de porco

Introdução

Hoje vamos falar de um assunto muito interessante: por que os adventistas do sétimo dia não comem carne de porco? A Bíblia proíbe comer carne de porco? Pois bem, vamos discutir sobre isso ao longo deste artigo e espero que ele seja esclarecedor para você. A ordenança relacionada aos alimentos que não devemos consumir está presente no livro de Levítico, no capítulo 11.

Este capítulo descreve uma lista de animais que não devem ser consumidos, e algumas pessoas interpretam que essa proibição se aplicava apenas ao povo de Israel, sugerindo que não tem relevância para nós nos dias de hoje, e que podemos comer o que quisermos.

Será mesmo? Hoje vamos examinar as respostas bíblicas para esses questionamentos que nos são feitos sobre alguns textos da Bíblia que aparentemente sugerem que hoje podemos comer o que quisermos. Então, vamos lá!

A carne de porco só era proibida para os judeus?

A primeira coisa que você não pode fazer é confundir as leis de saúde com a lei moral, nem com as leis que se referem principalmente à tipologia e à ritualística do santuário. Não se deve confundir isso porque, assim como o sábado não foi dado apenas para os judeus, mas sim para toda a humanidade desde o Gênesis, a distinção entre animais limpos e imundos também não é exclusiva dos judeus. Então, quando é que aparece a primeira distinção entre animais limpos e imundos na Bíblia? Lá no livro de Gênesis!

Quando Deus estava prestes a destruir o planeta Terra, Ele disse a Noé que entrariam na arca sete pares de animais limpos e um par de animais imundos. Em Gênesis 7:1 está escrito: “Entra na arca, tu e toda a tua casa, porque reconheço que tens sido justo diante de mim no meio desta geração.” E no verso 2 Deus continua: “De todo animal limpo levarás contigo sete pares: o macho e sua fêmea; mas dos animais imundos, um par: o macho e sua fêmea.” 

Percebeu? Temos a distinção entre animais limpos e imundos desde o princípio. Já se fala sobre isso em Gênesis 7. E talvez você esteja pensando: “Não, mas isso foi dito para o contexto dos sacrifícios no Antigo Testamento. Era a recomendação de que deveriam ser apenas animais limpos para o sacrifício.”

Caro amigo, não é só isso! Sabe por quê? Veja, a galinha e o cervo, por exemplo, também são animais limpos, mas ninguém sacrificava galinhas e cervos. Existiam muitos animais que eram puros e que não eram oferecidos em sacrifício.

A distinção entre animais limpos e imundos tem necessariamente a ver com a questão da alimentação! Portanto, não é uma lei dada apenas para os judeus, mas para toda a humanidade. Noé não era judeu, por exemplo, e já tinha conhecimento sobre esse assunto.

Agora, talvez você esteja pensando: “Tudo bem, mas e quanto a Gênesis 9:3, que diz: ‘Tudo o que se move e vive ser-vos-á para alimento; como vos dei a erva verde, tudo vos dou agora.’ E agora adventistas? O verso diz que tudo o que se move pode ser comido.”

Veja, não é bem assim que funciona. Os filhos de Noé andavam sobre a terra e não eram alimento. Seres humanos andam sobre a terra, e se tudo o que se move pode servir de alimento, então o canibalismo está liberado? Claro que não!

Quando o verso diz que “tudo o que se move e vive ser-vos-á para alimento”, está se referindo à permissão divina de que, daquele momento em diante, os seres humanos poderiam se alimentar de carne. E de quais carnes? Das carnes daqueles animais limpos, sobre os quais Noé já tinha conhecimento, como vimos nos textos anteriores. Ficou claro para você?

Além do mais, se Deus tivesse autorizado comer carnes imundas naquele momento, e Noé tivesse matado, por exemplo, um porco para comer, não haveria mais porcos hoje, não é mesmo? Porque só entrou um par de animais desse tipo na arca.

Jesus permitiu comer carne de porco?

Há um pensamento muito forte entre os nossos amigos evangélicos de que tudo isso que acabamos de ver não tem validade hoje em dia. Isso ocorre porque está no Antigo Testamento e, como dizem, tudo foi abolido por Jesus na cruz. Pois bem, vamos então analisar alguns textos que são usados para tentar embasar essa ideia no Novo Testamento e ver se de fato é assim mesmo.

Um dos textos mais utilizados encontra-se em Marcos 7:15: “Nada há fora do homem que, entrando nele, o possa contaminar; mas o que sai do homem é o que o contamina.” Esse verso é usado para tentar provar que Jesus estava autorizando comer o que quisermos.

Mas não se engane! Se analisarmos todo o contexto corretamente, veremos que o que Jesus disse nada tem a ver com alimentação. Para entendermos melhor, precisamos ir para Mateus 15, onde encontramos o mesmo relato, mas de forma mais ampla.

Neste capítulo é narrada a história de quando Jesus foi para a casa de uma pessoa e se assentou à mesa para comer com uns judeus e com os seus discípulos.

Então, alguns fariseus que estavam também presentes chegaram a Jesus e perguntaram: “Por que transgridem os teus discípulos a tradição dos anciãos? Pois não lavam as mãos, quando comem.” Veja, para que essa passagem seja corretamente compreendida, devemos entender o motivo que levou à discussão.

Como vimos já nesses primeiros versos, o contexto da discussão ali foi sobre uma tradição dos anciãos do povo, de que antes de tocarem em qualquer alimento deveriam lavar as mãos, cumprindo assim um ritual cerimonial. Não foi uma discussão sobre se pode ou não comer carne de porco ou outro animal impuro qualquer.

A tradição judaica de lavar as mãos

A narrativa que sustentava essa tradição era a seguinte: o fariseu acreditava que durante o dia poderia, por um descuido, encostar em algo imundo em algum ambiente por onde estivesse passando, ou esbarrar em uma pessoa pecadora (que, segundo o entendimento deles, eram os pobres, viúvas, enfermos, aleijados etc.), ou colocar a mão sobre alguma coisa onde um pecador tivesse colocado a mão. Isso tornaria o fariseu impuro, e antes de poderem comer, deveriam seguir um ritual de purificação.

O fariseu então lavava as mãos, deixava a água escorrer até o cotovelo e pingar no chão, repetindo o ato por sete vezes. Ah, e o propósito do ritual não era higienizar as mãos antes de comer, ok? Era apenas um ritual de purificação cerimonial, bastante estranho.

Para esclarecer melhor o que estou dizendo, se algum fariseu ou seguidor dessa tradição estivesse se alimentando com sua família e, de repente, do lado de fora passasse um pecador e sua sombra, ao passar pela janela, se projetasse no prato da criança, imediatamente o pai recolheria o prato e jogaria a comida fora, pois até a sombra de um pecador poderia trazer contaminação.

Ritual de lavar as mãos. Imagem ilustrativa.

No entanto, os discípulos de Jesus, meio ignorantes, começaram a comer sem lavar as mãos sete vezes, cumprindo toda aquela ritualística. É diante desse contexto que Jesus vai dizer o seguinte em Mateus 15:10, 11: “E, tendo convocado a multidão, lhes disse: Ouvi e entendei: não é o que entra pela boca o que contamina o homem, mas o que sai da boca, isto, sim, contamina o homem.”

Algumas pessoas usam esse texto para afirmar que Jesus disse que se pode comer carne de porco. Mas não! Jesus não disse que se pode comer carne de porco; ele está dizendo que não é o que entra na boca que vai contaminar, mas o que sai da boca. E qual é o contexto dessa declaração? O ritual de lavar as mãos.

Vamos verificar se é esse mesmo o contexto? Vejamos agora dos versos 17 a 20: “Não compreendeis que tudo o que entra pela boca desce para o ventre e, depois, é lançado em lugar escuso? Mas o que sai da boca vem do coração, e é isso que contamina o homem. Porque do coração procedem maus desígnios, homicídios, adultérios, prostituição, furtos, falsos testemunhos, blasfêmias. São estas as coisas que contaminam o homem; mas o comer sem lavar as mãos não o contamina.”

Qual é o contexto mesmo? É comer carne de porco ou comer sem lavar as mãos? Você percebe que o texto não está falando de comer ou não comer carne imunda? O texto está falando de comer sem lavar as mãos, cumprindo aquela ritualística. Então, pode deletar esse textinho aí da sua lista; ele não tem nada que ver com a liberação para comer carnes imundas.

Paulo e a carne de porco em I Coríntios 10

Talvez você esteja questionando o seguinte: “Mas Paulo fala que devemos comer tudo que vende no açougue.” Vamos lá, Paulo disse isso mesmo em I Coríntios 10:25. Mas se você ler o capítulo todo, perceberá que Paulo está tratando aqui da idolatria dos coríntios e do culto aos demônios.

Então, todo o contexto tem a ver com isso e com pessoas que estavam comendo carne sacrificada aos ídolos. Comer carne sacrificada aos ídolos implicava que eles provavelmente estivessem indo ao culto pagão. Vamos ver o contexto a partir do verso 23 ao 31:

  • ²³ “Todas as coisas são lícitas, mas nem todas convêm; todas são lícitas, mas nem todas edificam.
  • ²⁴ Ninguém busque o seu próprio interesse, e sim o de outrem.
  • ²⁵ Comei de tudo o que se vende no mercado, sem nada perguntardes por motivo de consciência;
  • ²⁶ porque do Senhor é a terra e a sua plenitude.
  • ²⁷ Se algum dentre os incrédulos vos convidar, e quiserdes ir, comei de tudo o que for posto diante de vós, sem nada perguntardes por motivo de consciência.
  • ²⁸ Porém, se alguém vos disser: Isto é coisa sacrificada a ídolo, não comais, por causa daquele que vos advertiu e por causa da consciência;
  • ²⁹ consciência, digo, não a tua propriamente, mas a do outro. Pois por que há de ser julgada a minha liberdade pela consciência alheia?
  • ³⁰ Se eu participo com ações de graças, por que hei de ser vituperado por causa daquilo por que dou graças?
  • ³¹ Portanto, quer comais, quer bebais ou façais outra coisa qualquer, fazei tudo para a glória de Deus” (I Coríntios 10:23 – 31).

Percebeu que o assunto aqui é sobre carne sacrificada aos deuses? Naquela região de Corinto, havia pessoas que, antes de colocarem as carnes de seus animais à venda, as ofereciam primeiramente em sacrifício aos seus deuses.

Paulo, portanto, estava dizendo que quando alguém fosse comer em algum estabelecimento naquela região, deveria comer sem fazer perguntas. Agora, se um irmão dissesse para o outro que o que ele estava prestes a comer tinha sido sacrificado ao ídolo, então aquela carne não deveria ser ingerida, pois a advertência tinha sido feita.

Entendeu? Paulo não está dizendo que podemos comer carne de porco à vontade, que após a cruz agora todos estão limpos. Jesus não morreu para purificar porcos! O contexto demonstra claramente que Paulo não está falando de carne limpa ou carne imunda, mas sim de carnes sacrificadas aos ídolos.

Mas Paulo disse que o ídolo é insignificante, não é mesmo? Sim, mas reflita um pouco: você chega a um local de alimentação e lá está um irmãozinho que se aproxima de você e diz assim: “Olha, essa carne aqui foi sacrificada ao ídolo, não coma!” Por causa dele, para que ele não fique escandalizado, eu digo: “Obrigado por avisar, irmão, não vou comer.”

Não iria me afetar se eu comesse, mas a questão aqui não tem a ver com a minha consciência, mas sim com a consciência do meu irmão. Como vimos, o próprio apóstolo Paulo ensinou isso: “Porém, se alguém vos disser: ‘Isto é coisa sacrificada a ídolo’, não comais, por causa daquele que vos advertiu e por causa da consciência; consciência, digo, não a tua propriamente, mas a do outro. Pois por que há de ser julgada a minha liberdade pela consciência alheia?” (I Coríntios 10:28, 29).

Ficou claro o texto para você?

A visão de Pedro em Atos 10 e a carne de porco

Entendendo o contexto da visão

Outro texto muito utilizado para tentar provar que se pode comer qualquer tipo de carne está em Atos, capítulo 10. Neste capítulo, encontramos o relato de uma visão que o apóstolo Pedro teve, na qual ele viu descer do céu um lençol pendurado pelas quatro pontas, contendo todo tipo de animais. Veja o texto a partir do verso 10:

  • ¹⁰ “Estando com fome, quis comer; mas, enquanto lhe preparavam a comida, sobreveio-lhe um êxtase;
  • ¹¹ então, viu o céu aberto e descendo um objeto como se fosse um grande lençol, o qual era baixado à terra pelas quatro pontas,
  • ¹² contendo toda sorte de quadrúpedes, répteis da terra e aves do céu.
  • ¹³ E ouviu-se uma voz que se dirigia a ele: Levanta-te, Pedro! Mata e come.
  • ¹⁴ Mas Pedro replicou: De modo nenhum, Senhor! Porque jamais comi coisa alguma comum e imunda.
  • ¹⁵ Segunda vez, a voz lhe falou: Ao que Deus purificou não consideres comum.
  • ¹⁶ Sucedeu isto por três vezes, e, logo, aquele objeto foi recolhido ao céu” (Atos 10:10-16).

Talvez você tenha acreditado até este momento que o texto claramente diz que Deus purificou todo tipo de animal e agora podemos comer de tudo, não é mesmo? Cobra, sapo, lagartixa, lesma, gambá, urubu, cachorro, gato, porco, tudo está purificado e liberado para comer, certo? Mas calma, a visão que Pedro teve foi simbólica e nada tem a ver com alimentos. Deus não permitiu que nos alimentemos de todo tipo de carne.

Afinal, devemos ter sempre em mente que Jesus morreu para nos libertar dos nossos pecados, não para purificar porcos. A morte de Cristo foi para nos libertar do pecado e não para purificar animais. Não se esqueça disso!

Sendo assim, voltemos então ao assunto da visão para que possamos entender o significado. Veja, Pedro não entendeu imediatamente aquela visão, pois quando Deus pediu para ele matar e comer os animais da visão, ele respondeu: “De modo nenhum, Senhor! Porque jamais comi coisa alguma comum e imunda” (Atos 10:14).

Pedro ainda não sabia, mas havia um homem chamado Cornélio, centurião do exército romano, que havia enviado alguns homens à casa dele em Jope, a fim de chamá-lo, pois Cornélio desejava ouvir a palavra de Deus.

Apesar de ser um centurião romano, Cornélio era uma pessoa boa. Ele buscava a Deus, mas não tinha conhecimento da verdade. Pedro, então, aceitou ir com aqueles homens até Cornélio, embora não fosse permitido para um judeu entrar na casa de um gentio.

Lembre-se, os judeus não chegavam nem perto de pessoas que não fossem judias, pois as consideravam imundas, assim como os porcos. Por isso, havia o ritual de lavar as mãos, que mencionei anteriormente, para que no caso de se acidentalmente esbarrassem em alguém ou alguma coisa imunda pudessem se “purificar”.

Pedro era cristão, mas ainda havia em sua mente resquícios do judaísmo. Ele ainda mantinha as raízes daquele preconceito judaico descabido. Entretanto, quando aqueles homens chegaram e Pedro os acompanhou até a casa de Cornélio, e lá ele mesmo deu a interpretação da visão.

Entendendo o significado da visão

Quando Pedro chegou à casa de Cornélio, este veio ao seu encontro para recebê-lo, “e prostrando-se-lhe aos pés, o adorou”. Mas Pedro disse-lhe: “Levanta-te, pois também sou apenas um homem” (Atos 10:25,26). Ali, Pedro encontrou também muitos outros que se tinham juntado para ouvir a palavra de Deus.

Pedro então dirigiu-se a essas pessoas, dizendo: “…Vós bem sabeis que é proibido a um judeu ajuntar-se ou mesmo aproximar-se de alguém de outra raça; mas Deus me demonstrou que a nenhum homem considerasse comum ou imundo; por isso, uma vez chamado, vim sem vacilar. Pergunto, pois: por que razão me mandastes chamar?” (Atos 10:28,29).

Pedro demorou uns instantes, mas entendeu a visão. Diferentemente de Pedro, há algumas pessoas em nossos dias que ainda não conseguiram entender. Isso é entristecedor. Ao chegar à casa de Cornélio, Pedro entendeu perfeitamente a visão. Ele então disse para aquelas pessoas que Deus tinha mostrado a ele que “a nenhum homem considerasse comum ou imundo…”

Esse era o significado! Por causa de sua cultura, Pedro jamais teria ido pregar para Cornélio, um gentio, tão desprezível quanto um animal imundo, se não fosse pela visão que Deus lhe havia dado. Esse era o pensamento de um judeu a respeito de pessoas de outras nacionalidades.

Portanto, os animais naquele lençol simbolizavam os gentios, os não judeus. Nada tinha a ver com alimentos aquela visão. A partir daquele momento, os preconceitos na mente de Pedro foram quebrados e ele entendeu que Cristo havia morrido por toda a humanidade, não só pelos judeus. Ele percebeu que não deveria considerar imundas as pessoas pelas quais Jesus deu Sua vida na cruz.

Conclusão

Em suma, querido irmão(ã), tenha sempre em mente que Jesus Cristo morreu na cruz para pagar pelos seus pecados, mas a morte de Cristo não foi para anular os Dez Mandamentos. A morte de Cristo não foi para permitir que você coma carne de porco, camarão, siri, cobra, lesma, urubu, ou qualquer outra coisa desse tipo. A morte de Cristo foi para libertá-lo dos seus pecados.

As leis que tiveram seu fim em Cristo na cruz tinham a ver com a ritualística cerimonial do santuário terrestre. Os cordeiros ali sacrificados representavam a Cristo, que viria morrer em nosso lugar. Quando Jesus morreu na cruz, todo aquele sistema cerimonial de sacrifícios de animais perdeu o seu valor, por isso não sacrificamos mais cordeiros para perdão de pecados.

No entanto, as leis que dizem respeito à saúde, questões de alimentação, as leis dietéticas e os Dez Mandamentos não são tipológicas. Deus não aboliu essas leis.

Não podemos sair dizendo que agora, em Jesus, estamos livres para comermos o que quisermos, fazermos o que quisermos. Devemos obedecer à palavra de Deus, e não seguir o nosso coração, nossas vontades próprias.

Sendo assim, devemos passar muito mais tempo estudando a palavra e orando. Dessa forma, você compreenderá os textos dentro de seus contextos corretamente. E se até aqui você não acreditou em nada do que leu, tudo bem.

Entretanto, convido você a seguir minha recomendação acima. Ore a Deus fervorosamente, peça o discernimento do Espírito Santo e estude a Bíblia profundamente. Então, você entenderá que tudo o que leu aqui é o que a Bíblia ensina. Não sou eu, nem os adventistas, que ensinamos isso, mas sim a palavra de Deus.

Embora não seja fácil mudar nossas opiniões e nosso estilo de vida, é totalmente possível e devemos fazê-lo quando entendemos que nossas opiniões vão contra o que Deus diz.

Por fim, meu desejo é que Deus possa continuar iluminando sua mente e que você possa compreender cada vez melhor a vontade do Senhor para a sua vida.

Que Deus o abençoe hoje e sempre!


Leia também:

As Leis de Saúde na Bíblia: uma orientação divina para a vida

Bíblia On-line

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Amós Bailiot

Sou um estudante de História na Universidade Estácio de Sá e um entusiasta em Teologia. Acredito que o conhecimento é valioso apenas quando compartilhado. É por isso que estou aqui, disposto a compartilhar minhas reflexões teológicas. Junte-se a mim nessa jornada!

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Amós Bailiot

Graduando em História pela Universidade Estácio de Sá e estudioso de Teologia, defende a premissa de que o conhecimento se torna verdadeiramente valioso quando compartilhado. Junte-se a mim nessa jornada!

21 comentários

    1. Olá, Nencio.

      São vários os motivos que levam muitos cristãos hoje a acreditarem que podem comer carne de porco, como a falta de conhecimento bíblico e a confusão na compreensão sobre quais leis foram abolidas no Antigo Testamento. Porém, como demonstrei no artigo, a Bíblia não permite que comamos carne de porco.

      Em breve, publicarei um artigo sobre o que foi ou não abolido no Antigo Testamento para esclarecer melhor.
      Que Deus o abençoe!

        1. Poliane, a Paz do Senhor Jesus! Amada, a falta de estudo profundo da Bíblia nos faz receber todos ensinamentos em nossas denominações religiosas como tudo correto. O apóstolo Paulo, certa vez, em Atos 17:11, disse que os Bereanos foram mais nobres dos que os de Tessalônica, porque, recebendo a Palavra de bom grado, examinaram a cada dia nas Escrituras se estas coisas erram como foi ensinado . Infelizmente, nós, os crentes, não procedemos assim, por isso somos enganados em muitos aspectos por pessoas que também aprenderam errado e, como uma onda do mar, vai só crescendo. Amada em Cristo, procura aprender a correta Palavra de Deus, pois é para praticarmos e ensinarmos corretamente.

  1. Concordo plenamente com o irmão, ao abordarmos assuntos de gênero, precisamos ter uma base sólida, nos nossos conhecimentos, pedindo discernimento a Deus ,por favor não se prendam no jugo da servidão

  2. Excelente texto , e Excelente reflexão e estudo da palavra que Deus continue a te dar sabedoria.
    Jesus veio pra nós livrar do mundo do pecado e nos dar a salvação e não para purificar carne de porco. Quem não come carne de porco parabéns e não julgue quem come e quem não come carne de porco não julgue quem come . Se analisarmos profundamente nosso corpo é templo do Espírito Santo e deveríamos deixar de comer muita coisa, não por ser puro ou impuro mas porque atrapalhe o funcionamento do nosso corpo e a discernir o qie é ou não a voz de Deus

  3. Que artigo esclarecedor! 👏 A abordagem detalhada e fundamentada na Bíblia torna a explicação sobre a alimentação e as leis dietéticas extremamente compreensível. A forma como os textos foram analisados dentro de seu contexto histórico e teológico ajuda a dissipar muitas dúvidas e equívocos comuns sobre o tema. Parabéns pela pesquisa aprofundada e pelo compromisso em trazer um conteúdo tão bem embasado e edificante! 🙌📖✨ https://www.estanabiblia.com.br/

  4. Marcos 7:18-19 ARA
    [18] Então, lhes disse: Assim vós também não entendeis? Não compreendeis que tudo o que de fora entra no homem não o pode contaminar, [19] porque não lhe entra no coração, mas no ventre, e sai para lugar escuso? E, assim, considerou ele puros todos os alimentos.

  5. Romanos 14:14-18 ARA
    [14] Eu sei e estou persuadido, no Senhor Jesus, de que nenhuma coisa é de si mesma impura, salvo para aquele que assim a considera; para esse é impura. [15] Se, por causa de comida, o teu irmão se entristece, já não andas segundo o amor fraternal. Por causa da tua comida, não faças perecer aquele a favor de quem Cristo morreu. [16] Não seja, pois, vituperado o vosso bem. [17] Porque o reino de Deus não é comida nem bebida, mas justiça, e paz, e alegria no Espírito Santo. [18] Aquele que deste modo serve a Cristo é agradável a Deus e aprovado pelos homens.

    1. A passagem de Romanos 14:14-18 refere-se a alimentos sacrificados a ídolos e questões de consciência, não à abolição das leis dietéticas do Antigo Testamento. Quando Paulo diz que “nenhuma coisa é de si mesma impura”, ele está tratando de impurezas cerimoniais, e não dos alimentos que Deus definiu como impuros, como o porco. O foco de Paulo é a unidade e o amor fraternal, exortando os cristãos a não causar ofensa por questões secundárias. Além disso, o Reino de Deus não se baseia em comida ou bebida, mas isso não anula as leis estabelecidas por Deus em Levítico. Essas leis dietéticas não foram abolidas por Cristo, como Ele afirmou em Mateus 5:17-19. Portanto, Romanos 14 não justifica o consumo de alimentos impuros.

      Leia o artigo todo e ficará mais claro para você essa questão. 😀

  6. Marcos 7:18-19 ARA
    [18] Então, lhes disse: Assim vós também não entendeis? Não compreendeis que tudo o que de fora entra no homem não o pode contaminar, [19] porque não lhe entra no coração, mas no ventre, e sai para lugar escuso? E, assim, considerou ele puros todos os alimentos. ////////

    Romanos 14:14-18 ARA
    [14] Eu sei e estou persuadido, no Senhor Jesus, de que nenhuma coisa é de si mesma impura, salvo para aquele que assim a considera; para esse é impura. [15] Se, por causa de comida, o teu irmão se entristece, já não andas segundo o amor fraternal. Por causa da tua comida, não faças perecer aquele a favor de quem Cristo morreu. [16] Não seja, pois, vituperado o vosso bem. [17] Porque o reino de Deus não é comida nem bebida, mas justiça, e paz, e alegria no Espírito Santo. [18] Aquele que deste modo serve a Cristo é agradável a Deus e aprovado pelos homens.

    1. Marcos 7:18-19
      Em Marcos 7:18-19, Jesus não está tratando da questão dos alimentos impuros listados em Levítico, mas de tradições judaicas sobre impureza ritual, como comer com mãos não lavadas (Marcos 7:1-5). A discussão é sobre o que realmente contamina o homem, e Jesus afirma que a impureza vem do coração, de intenções pecaminosas, não de práticas externas. A frase “considerou ele puros todos os alimentos” é muitas vezes mal interpretada. No contexto, Jesus não estava revogando as leis dietéticas de Levítico, mas corrigindo uma má aplicação das tradições humanas. Os alimentos impuros estabelecidos por Deus permanecem impuros, e essa passagem não abole as restrições dietéticas, mas reflete sobre a verdadeira fonte da impureza: o coração humano.

      Leia Mateus 15:20 que se refere ao mesmo assunto e ficará claro para você. Repito, leia o artigo com atenção, pois nele refuto esse argumento completamente.

      Romanos 14:14-18
      Conforme já mencionado, Romanos 14 discute questões de consciência e de alimentos sacrificados a ídolos, não os alimentos impuros descritos na Lei. Paulo exorta os cristãos a não dividirem a igreja sobre essas questões e a buscarem a unidade, colocando o amor acima das divergências em assuntos não essenciais. A impureza mencionada é cerimonial e subjetiva, ligada à percepção pessoal. O Reino de Deus não é fundamentado em comida ou bebida, mas isso não significa que as leis dietéticas de Levítico foram revogadas. Portanto, ambos os textos não anulam as leis alimentares estabelecidas no Antigo Testamento.

      1. Se eu preciso me justificar pela guarda de preceitos da lei, como fica gálatas 5.4. Separados estais de Cristo, vós os que vos justificais pela lei; da graça tendes caido.

        1. Olá, Samuel!

          Meu irmão, Gálatas 5:4 não contradiz a obediência à lei de Deus. O versículo afirma que “separados estais de Cristo, vós os que vos justificais pela lei; da graça tendes caído”. Isso nos ensina que não somos justificados pela lei, mas sim pela graça de Deus, por meio da fé em Cristo. O próprio apóstolo Paulo deixa claro que a salvação é um dom imerecido de Deus (Efésios 2:8-9). No entanto, isso não significa que, uma vez salvos, somos livres para viver em desobediência. Pelo contrário, a graça nos transforma e nos chama a viver em novidade de vida.

          Paulo explica isso em Romanos 6:1-2, dizendo: “Que diremos, pois? Permaneceremos no pecado, para que a graça abunde? De modo nenhum! Nós que estamos mortos para o pecado, como viveremos ainda nele?” Ou seja, a graça não nos autoriza a desobedecer, mas sim nos capacita a viver de acordo com a vontade de Deus.

          Jesus também enfatizou a importância de guardar Seus mandamentos, como vemos em João 14:15: “Se me amais, guardareis os meus mandamentos”. A obediência é uma expressão do amor que temos por Deus. Portanto, a graça nos leva a viver em conformidade com a vontade de Deus, e essa vontade inclui guardar Seus mandamentos, que são expressos na lei.

          Agora, todas as religiões cristãs concordam com a observância de preceitos como “não matarás”, “não furtarás” e “não adulterarás”, os quais são parte da lei de Deus (Êxodo 20:13-17). Tiago 2:17 nos lembra que “a fé, se não tiver as obras, é morta em si mesma”, ou seja, a fé verdadeira se manifesta em obediência. A discordância geralmente surge em relação ao sábado e às leis de saúde, como o sábado mencionado em Êxodo 20:8-11 e as orientações dietéticas de Levítico 11. É aí que muitos preferem não obedecer, embora esses mandamentos sejam parte do desejo de Deus para o bem-estar de Seu povo.

          Como diz 1 João 5:3: “Porque este é o amor de Deus: que guardemos os seus mandamentos; e os seus mandamentos não são pesados.” Dessa forma, vemos que a graça de Deus não nos liberta da obediência, mas sim do peso da condenação que a desobediência traz. Fomos salvos pela graça para viver em santidade, e a santidade se reflete na nossa vida de obediência à lei de Deus, como manifestação de nosso amor por Ele. Assim, Romanos 3:31 nos assegura: “Anulamos, pois, a lei pela fé? De maneira nenhuma! Antes, estabelecemos a lei.”

          Portanto, a graça de Deus, longe de abolir a lei, a confirma, e é o Espírito Santo quem nos capacita a viver em obediência.

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