O Milênio: uma introdução à eternidade

Faixa de seção
O milênio na bíblia

Introdução

O que é o milênio na Bíblia?

O tempo é uma questão complexa para nós, seres humanos. Para Deus, o tempo não representa um desafio, pois Ele é atemporal. Nós, por outro lado, somos seres mortais, e tudo ao nosso redor tem um início e um fim. Os móveis feitos de madeira em nossa casa provêm de árvores que, em determinado momento, foram plantadas e posteriormente cortadas.

Muitas das roupas que vestimos são confeccionadas a partir do algodão, que em um dado momento foi cultivado e transformado em tecido. Tudo possui uma origem, no entanto, Deus é a exceção. Ele é imortal e eterno, sempre existiu. Esse é um mistério que continuaremos a explorar na eternidade, em comunhão com o Senhor.

Moisés expressou essa diferença entre a eternidade de Deus e a finitude humana no Salmo 90:4, ao proferir: “Pois mil anos aos Teus olhos são como o dia de ontem que já passou e como a vigília da noite.” Para Deus, mil anos são equivalentes a um único dia que já se foi, assim como uma breve vigília noturna.

Para nós, que vivemos em média cerca de 70 a 76 anos, é uma tarefa árdua compreender a magnitude de mil anos. O tempo se esvai rapidamente, e confrontamo-nos com a efemeridade da vida. Nós passamos, enquanto Deus permanece inalterado.

Neste post, aprofundaremos nossa análise no capítulo 20 do Apocalipse, explorando os eventos relacionados ao Milênio. Investigaremos as implicações teológicas e práticas desse período e o significado que ele carrega para nossas vidas.

Compreenderemos como o conceito do Milênio nos desafia a viver no presente mantendo uma perspectiva de esperança e confiança em Deus, que transcende o tempo. Isso nos chama a uma vida de fidelidade e serviço, com a aspiração de vivermos eternamente em Sua presença.

A brevidade da vida humana

Logo no início da Bíblia, encontramos a seguinte afirmação: “No princípio, Deus.” Quando houve um começo, Deus estava presente. O tempo, a matéria, o espaço e todo esse maravilhoso universo são Suas criações. É por essa razão que Davi, enquanto pastoreava seu rebanho, erguia os olhos para contemplar as maravilhas da criação divina.

Ao escrever o Salmo 8:3, ele proclamou: “Quando contemplo os teus céus, obra dos teus dedos, a lua e as estrelas que ali firmaste…”. Davi reconheceu a majestade da criação divina ao observar as estrelas meticulosamente moldadas pelo dedo de Deus. O profeta Isaías nos ensina que Deus chama cada estrela pelo nome, demonstrando, assim, Seu poder e cuidado por cada uma delas. Estima-se que existam cerca de 10 sextilhões (10 000 000 000 000 000 000) de estrelas no universo.1

Diante dessa grandiosidade, Davi questionou: “O que é o homem para que te lembres dele, e o filho do homem para que o visites?” (Salmo 8:4). Mesmo diante da imensidão do universo, Deus se importa com o ser humano, apesar de sua pequenez. Tiago nos recorda de nossa própria fragilidade ao afirmar: “Vós não sabeis o que sucederá amanhã. Que é a vossa vida? Sois apenas como a neblina que aparece por um instante e logo se dissipa” (Tiago 4:14). Comparada à eternidade de Deus, nossa vida é efêmera e transitória.

Apesar dessa brevidade, é importante refletirmos sobre o contraste entre a fragilidade humana e a eternidade de Deus. Embora estejamos sujeitos aos ciclos naturais da vida, desde o nascimento até a velhice, Deus não nos criou com o propósito de terminarmos simplesmente em um cemitério. Salomão, reconhecido como o homem mais sábio do mundo, declarou que “Deus fez tudo belo em seu devido tempo, mas também colocou a eternidade no coração do homem” (Eclesiastes 3:11).

Isso significa que não fomos destinados a viver apenas 70, 80 ou 90 anos. Fomos criados para uma existência eterna, e o desejo de viver para sempre reside em nosso coração. Portanto, na hora da morte, ninguém se despede com um sorriso nos lábios, pois ninguém deseja o fim. Nesse contexto, discutimos os mil anos, que representam um primeiro passo para a compreensão da eternidade.

Se ponderarmos sobre o período apresentado no livro de Apocalipse, capítulo 20, podemos concluir que Deus nos concede mil anos para iniciar nosso repouso, o descanso das lutas, das atividades extenuantes, do sofrimento, pois nosso mundo é um lugar de tribulações. Recentemente, enfrentamos uma crise pandêmica, na qual muitos perderam entes queridos, empregos e negócios. O tempo avança, mas a dor persiste. Portanto, Deus nos assegura que o descanso de tudo isso começará com mil anos.

A parte triste de tudo isso é saber que muitos daqueles que frequentam uma igreja nunca tiveram a oportunidade de aprender sobre o tema do milênio. A Palavra de Deus tem permanecido obscurecida para muitas pessoas, inclusive por alguns líderes religiosos. Isso é lamentável, pois essa doutrina é algo verdadeiramente especial, e a Bíblia oferece informações significativas sobre esse período.

Hoje, você terá a oportunidade de compreender quando esse período começa, quais eventos o marcam em seu início e o que ocorrerá durante e após sua duração. Todas essas informações estão reveladas nas Escrituras Sagradas.

A verdade precisa ser ensinada. Existem pessoas que não saem de casa sem consultar o horóscopo, mas isso não possui relevância alguma para suas vidas. As constelações que Deus criou não exercem influência sobre suas vidas, assim como os movimentos deste planeta. O que realmente influencia as pessoas é o Espírito de Cristo ou o espírito de Satanás. É essa influência que afeta as decisões e atitudes das pessoas.

Ao acordar todos os dias, é fundamental ouvir a voz de Cristo, pois aqueles que não o escutam, certamente serão influenciados por Satanás ao longo do dia. As cartas, búzios ou tarôs são pura mentira. Nada disso funciona. O que funciona é ouvir a voz de Deus.

Se você deseja verdadeiramente compreender o que ocorrerá no futuro e descobrir o que está reservado para os próximos mil anos, a resposta está na Bíblia. Vamos, agora, adentrar no entendimento dos eventos que marcam o início desse período de mil anos.

O início do milênio

O evento que marca o início do milênio é o mais espetacular de todos: a volta de Jesus. Nas palavras de Cristo em Mateus 25:31: “Quando o Filho do Homem vier em Sua glória, acompanhado de todos os anjos, Ele se assentará em Seu glorioso trono.” Essa é a mensagem que devemos guardar: Ele virá para estabelecer o reino da glória.

Atualmente, estamos no reino da graça, que foi inaugurado quando Jesus proclamou na cruz: “Está consumado.” Com Sua morte na cruz, Cristo inaugurou o reino da graça. Agora, Ele retornará para inaugurar o reino da glória. Aqueles que O crucificaram e não creram em Seu amor e em Sua salvação, de acordo com Apocalipse 1:7, acordarão para testemunhar o estabelecimento do reino da glória. Infelizmente, perderam a oportunidade de se tornarem súditos desse reino.

Espero que você não deixe escapar essa oportunidade, pois muitas pessoas estão perdendo a chance da vida eterna. Este é o evento mais significativo no início do milênio. Mas o que mais acontecerá? Ao abordar esse tema, o apóstolo Paulo declarou: “Porque o Senhor mesmo, dada a Sua palavra de ordem, ouvida a voz do arcanjo e ressoada a trombeta de Deus, descerá dos céus, e os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro” (1 Tessalonicenses 4:16).

Quando Cristo voltar, os mortos em Cristo ressuscitarão. Talvez você pode estar se perguntando: “Mas espere um pouco, então minha irmã que morreu em Jesus não está no céu?” Não, ela está na sepultura. “E meu pai, que morreu crente, não está no céu?” Não! Mentiram para você. Eles não estão no céu, estão na sepultura. “Quando, então, as pessoas que morreram em Cristo receberão a vida eterna?” Será quando Jesus voltar. Como vimos no último verso, Paulo afirmou que quando Cristo descer dos céus, os mortos ressuscitarão.

Sabe o que mais vai acontecer? Paulo, convicto de que não morreria antes da volta de Jesus, escreveu: “Depois, nós, os vivos, os que permanecermos, seremos arrebatados juntamente com eles, entre nuvens, para o encontro do Senhor nos ares, e assim estaremos para sempre com o Senhor” (1 Tessalonicenses 4:17). E o que significa ser arrebatado? Significa que, na volta de Jesus, Deus tomará os salvos e os levará entre as nuvens para encontrar o Senhor nos ares, e assim permaneceremos eternamente com o Senhor.

Talvez mais uma pergunta tenha surgido em sua mente: “Então quer dizer que a igreja não será arrebatada antes da segunda vinda de Cristo?” A resposta é não. Mentiram para você novamente! Não haverá um arrebatamento da igreja antes da segunda vinda de Cristo. Todos os fiéis serão arrebatados simultaneamente no momento de Sua volta. Isso é o que Paulo nos ensina. Agora, você é livre para acreditar no arrebatamento secreto, se assim desejar, mas é importante saber que não há base bíblica para tal crença (saiba mais em A Volta de Jesus).

E o que mais ocorrerá? Todos os salvos passarão por uma transformação. Chamamos esse processo de glorificação. Mas o que exatamente é a glorificação? É a mudança do corpo mortal para um estado de imortalidade, do corpo corruptível para a incorruptibilidade. A glorificação é, assim, a transmutação definitiva.

Quando isso ocorrerá? Isso se dará no momento do retorno de Jesus. E quanto aos ímpios? O apóstolo Paulo descreve da seguinte maneira: “Então, de fato, será revelado o iníquo, a quem o Senhor Jesus matará com o sopro de sua boca e destruirá pela manifestação de sua vinda” (2 Tessalonicenses 2:8).

Muitos dos ímpios enfrentarão a morte através das sete pragas, mas aqueles que sobreviverem a esses eventos encontrarão a morte quando Jesus retornar. E esta não será uma morte serena, pois o Apocalipse 6:14-16 relata que eles tentarão fugir desse evento e até implorarão aos montes e rochedos para que os ocultem. Preferirão a morte a testemunhar a glória do retorno de Cristo.

Mas por que tanto horror? É porque desperdiçaram a oportunidade. Não tomaram a decisão necessária e procrastinaram. E a procrastinação é, sem dúvida, uma palavra terrível. Adiaram sua entrega a Cristo, seu crescimento espiritual e a oportunidade de compartilhar a vida ao lado de Jesus. Além disso, o mesmo poder que aniquilará os ímpios também exterminará toda a obra edificada neste planeta. Com o retorno de Cristo, nada restará.

O profeta Jeremias teve uma visão sobre esse momento. Em Jeremias 4:23, ele escreveu: “Olhei para a terra, e eis que ela estava sem forma e vazia…” Essa expressão ecoa a descrição do livro de Gênesis 1, quando a terra estava “sem forma e vazia”. O caos retornará a este planeta. E por quanto tempo perdurará esse caos? Mil anos.

O que mais ocorrerá no início do milênio? Apocalipse 20:1-2 nos informa: “Então vi descer do céu um anjo que tinha nas mãos a chave do abismo e uma grande corrente. Ele segurou o dragão, a antiga serpente, que é o Diabo, Satanás, e o prendeu por mil anos.” Satanás ficará preso por um período de mil anos. Essa prisão não se dará de forma literal, como muitos imaginam, com correntes tangíveis, mas sim de maneira circunstancial.

Como sabemos, o principal propósito do Diabo é enganar as pessoas, levando-as ao pecado e à destruição. Com os salvos no céu e os ímpios mortos aqui na terra, não haverá mais alvos para suas tentações. Satanás e seus demônios passarão mil anos em um estado de reclusão neste planeta, sem nada para fazer. Portanto, essa “prisão” não implica que Satanás estará fisicamente amarrado por uma corrente presa a uma estaca, mas refere-se ao seu estado de inatividade.

Resumindo os eventos que marcam o início do milênio:

  1. Jesus retorna,
  2. Os salvos vivos passam por uma transformação,
  3. Os salvos falecidos ressuscitam transformados,
  4. Os ímpios vivos morrem,
  5. Os ímpios já falecidos permanecem mortos,
  6. Satanás é aprisionado,
  7. A terra entra em um estado de desolação e vazio, mergulhada no caos.

Os Acontecimentos Durante o Milênio

As opiniões sobre onde os salvos estarão durante o milênio e qual será a sua ocupação são variadas. No entanto, neste momento, concentremo-nos na visão bíblica sobre o assunto. Em Apocalipse 20:6, encontramos o seguinte trecho: “Bem-aventurado e santo é aquele que tem parte na primeira ressurreição”. Jesus mencionou duas ressurreições na Bíblia, como descrito em João 5:28-29.

Haverá a ressurreição para a vida e a ressurreição para a condenação. A primeira delas é a ressurreição para a vida. João afirma que aqueles que participam da primeira ressurreição são bem-aventurados e santos. Estas pessoas serão constituídas sacerdotes de Deus e de Cristo, e reinarão ao lado de Cristo por mil anos. Neste reinado estabelecido por Deus, conhecido como o Reino da Glória, seremos como príncipes e princesas.

Jesus reforça essa promessa em uma das sete cartas enviadas às igrejas no livro do Apocalipse. Ele diz: “Ao vencedor, darei o direito de se assentar comigo no meu trono, assim como eu também venci e me assentei com meu Pai no seu trono” (Ap 3:21). Portanto, nos assentaremos em tronos celestiais e reinaremos ao lado de Jesus por mil anos. Quanto à natureza dessa experiência, não temos conhecimento detalhado, mas podemos ter certeza de que será superior a qualquer coisa que possamos imaginar.

No que diz respeito aos demais falecidos (os ímpios), eles não ressuscitarão até que se cumpram os mil anos. Os ímpios permanecerão na sepultura, e a terra continuará em um estado de caos. Em Apocalipse 20:11, João descreve uma visão na qual ele viu um grande trono branco e Aquele que estava assentado nele, diante de quem a terra e o céu fugiram, não encontrando lugar para se esconder.

Em seguida, no versículo 12, João observa os mortos, tanto os grandes como os pequenos, em pé diante do trono. Os livros foram abertos, e outro livro, o livro da vida, também foi aberto. Os mortos foram julgados de acordo com as suas obras, conforme estava registrado nos livros.

Esse julgamento descrito em Apocalipse 20:11-12, refere-se ao julgamento dos ímpios, e é denominado “juízo comprobatório”. Isso significa que eles não passarão por um julgamento para determinar sua sentença, pois a sentença foi proferida na primeira etapa do julgamento, e eles já foram condenados. O que os levou à condenação foi o fato de não terem aceitado a Cristo como seu Salvador.

Esse julgamento é executado pelos anjos e pelos salvos, com o claro propósito de demonstrar para todo o universo o motivo pelo qual fulano ou ciclano se perderam, em vez de estarem no céu reinando com Cristo. Os registros de suas vidas revelarão que não aceitaram a Cristo, não abandonaram o pecado e não vivenciaram uma relação religiosa com Cristo.

Portanto, essa segunda fase é chamada de “juízo de comprovação”. A primeira fase está ocorrendo no momento, onde todos nós que, em algum momento, aceitamos a Cristo, estamos sendo julgados. O julgamento divino se desenrola em três fases, mas falaremos mais sobre isso em uma próxima postagem.

Quando chegarmos ao céu e não encontrarmos alguém que amamos, ao examinar toda a sua vida, palavras, atos e pensamentos, reconheceremos que Deus foi justo ao salvar alguns e condenar outros.

Resumindo, durante o milênio, os salvos estarão no céu realizando duas atividades: reinando com Cristo e participando do julgamento dos ímpios. Como o apóstolo Paulo disse em I Coríntios 6:3: “Não sabeis vós que havemos de julgar os próprios anjos? Quanto mais as coisas desta vida!” Até mesmo os anjos caídos serão julgados por nós. Os ímpios permanecem mortos, Satanás permanece preso, e a terra continua desolada.

Os Acontecimentos Após o Milênio

Agora, quais são os eventos que ocorrem no final do milênio? Chegamos a um ponto em que a profecia alcança seu auge, que é o encerramento do milênio, o momento profético culminante. O que ocorrerá nesse momento? Em Apocalipse 20:7, encontramos o seguinte relato: “Quando, porém, se completarem os mil anos, Satanás será solto da sua prisão…”

Mas por que o diabo será libertado? Para que ele possa retomar sua função como enganador. De acordo com Apocalipse 20:5, “os restantes dos mortos não reviveram até que se completassem os mil anos…” Isso implica que, após o período de mil anos, os ímpios mortos ressuscitarão.

E qual será a atitude do diabo então? Bem, João teve uma visão da cidade santa descendo dos céus para este planeta. Um dos sete anjos, que portava as sete taças com os últimos flagelos, dirigiu-se a João, dizendo: “Vem, mostrar-te-ei a noiva, a esposa do Cordeiro.” Em espírito, João foi transportado até uma grande e elevada montanha, onde lhe foi revelada a santa cidade, Jerusalém, que descia do céu, enviada por Deus (Ap 21:9,10).

Foi, sem dúvida, um privilégio extraordinário que João teve, não é mesmo? Poder vislumbrar em visão a cidade santa descendo dos céus. Ele também presenciou o plano do diabo de atacar essa cidade.

O diabo reunirá Gogue e Magogue, termos encontrados no livro do Apocalipse, capítulo 20, para se referir aos inimigos de Deus em sua totalidade. O intento do diabo ao reunir “Gogue e Magogue” é lançar um ataque contra a cidade que desceu dos céus. Ele os persuadirá de que possuem força militar para conquistar essa cidade.

Embora não tenhamos detalhes precisos de como isso ocorrerá, eles serão persuadidos. A Palavra de Deus revela que o diabo sairá para seduzir as nações que estão nos quatro cantos da terra — uma expressão bíblica para os quatro pontos cardeais —, e seu número será como a areia do mar. Todos os perdidos de todas as eras estarão diante de Satanás. Ele formará um exército.

O livro do Apocalipse narra que eles marcharão sobre a superfície da terra e cercarão o acampamento dos santos e a cidade amada (Ap 20:9). Eles chegarão a cercar a cidade, adotando uma das estratégias militares dos tempos bíblicos. No entanto, quando eles completarem o cerco e tentarem invadir a cidade, Deus realizará um ato estranho.

E qual será esse ato estranho de Deus? Ele aniquilará todos os ímpios com o fogo dos céus, conforme descrito em Apocalipse 20:9: “…desceu, porém, fogo do céu e os consumiu”. Esse fogo é referido como “fogo eterno”. É assim que a investida dos inimigos será completamente destruída.

Aqui, é importante fazer um breve esclarecimento sobre a questão do “fogo eterno”. Há muitas pessoas que ensinam que os ímpios arderão eternamente nas chamas. Isso é mentira! Esse ensinamento não tem respaldo na Bíblia e não condiz com a verdade. Os ímpios não enfrentarão uma eternidade de tormento no fogo, e sabe por quê? Porque Deus é amor, e mesmo em Seu julgamento, Ele age com misericórdia.

Pense comigo: como poderia o universo ser perfeito se em algum lugar as pessoas que amamos estivessem em tormento eterno? Isso não condiz com a ideia de um Deus de amor. Torturar pessoas eternamente no inferno seria uma ação que Satanás adoraria fazer, e não Deus. Não haveria justiça numa condenação por tempo infinito. Portanto, essa história de pessoas queimando por toda a eternidade é uma mentira que foi contada para você. Isso não está na Bíblia!

A expressão “fogo eterno” é encontrada na Bíblia, mas a palavra “eterno” não se refere exclusivamente à duração temporal, mas também às consequências das ações cometidas. No caso do “fogo eterno” mencionado em Apocalipse, podemos ter certeza de que não se trata de um castigo eterno, mas sim de consequências eternas causadas pelo “fogo eterno” devido à persistente rejeição dos ímpios a Deus.

Quer um texto que comprove isso? Consulte Judas, versículo 7, em sua Bíblia: “como Sodoma e Gomorra, e as cidades circunvizinhas, que, havendo-se entregado à prostituição como aqueles, seguindo após outra carne, são postas como exemplo do fogo eterno, sofrendo punição”. Observe que Sodoma e Gomorra foram destruídas pelo fogo eterno. No entanto, Sodoma e Gomorra não estão queimando eternamente até hoje, ou estão? Claro que não.

Então, em que sentido a expressão “fogo eterno” se aplica a Sodoma e Gomorra? Ela se aplica às consequências, pois essas cidades foram destruídas e nunca mais foram ou serão reconstruídas. O fogo, no entanto, queimou apenas enquanto havia matéria para consumir. Uma vez que a matéria se extinguiu, o fogo se apagou, mas as consequências disso permaneceram. Entendeu?

Assim como aconteceu com Sodoma e Gomorra, ocorrerá com os ímpios. Eles queimarão no fogo, mas não eternamente. Jesus ensinou que o julgamento, a condenação e o castigo serão proporcionais às obras. Portanto, algumas pessoas serão consumidas rapidamente pelo fogo, enquanto outras arderão por um período mais longo. O último ser pecaminoso a ser destruído pelo fogo, e que queimará por mais tempo, será o instigador do pecado, Satanás.

No final, todos serão aniquilados. O profeta Malaquias afirma que não restará “nem raiz nem ramo” (Malaquias 4:1). Nada subsistirá. Após o fogo destruir os ímpios e consumir todas as obras deste planeta, Deus criará novos céus e uma nova terra (Apocalipse 21:1).

Conclusão

Em suma, chegará o momento em que este planeta será purificado, e a beleza paradisíaca original voltará a ser uma realidade. Conheceremos essa beleza original porque Deus criará todas as coisas. E quanto a você? Qual será a sua decisão? Deseja habitar nessa cidade, nesse céu que Deus está preparando para nós? Então, você precisa de Cristo.

Se você o aceitar como seu Salvador, fará parte do grupo ao qual Ele dirá: “Vinde, benditos de meu Pai, entrai na posse do reino que vos está preparado desde a fundação do mundo.” E por que desde a fundação do mundo? Porque Deus está além do tempo.

Desde o início, Ele já havia enviado o Filho. É por isso que Apocalipse 13:8 menciona que o Cordeiro foi morto desde a fundação do mundo. Desde o princípio, Deus já havia planejado um céu, uma cidade maravilhosa para que nós habitássemos. Desde o princípio, Deus já sabia como o grande conflito se desenrolaria. E há apenas uma maneira de escapar do fogo eterno: nos entregarmos nas mãos do Senhor, nos rendermos a Cristo.

Agora, querido(a) amigo(a), se você não acreditou em nada do que leu, tem o direito de duvidar. Espero que, em algum momento, seu coração se abra à influência do Espírito Santo.

Também espero que você pesquise na sua Bíblia para verificar se o que está escrito aqui é verdade. Pois, se você duvidar do que está aprendendo aqui e não buscar a verdade por si mesmo nesses assuntos, corre o risco de perder o maior presente que o céu oferece: a vida eterna. Mas se seu coração se abrir agora à influência do Espírito, Deus falará com você e o ajudará a tomar uma decisão ao lado de Jesus. Entregue sua vida a Cristo e confie Nele.


Referências

1 Instituto nacional de pesquisas espaciais (INPE)

Bíblia On-line

Leia também:

A volta de Jesus: um evento espetacular

O Juízo de Deus: uma questão de vida ou morte 

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Amós Bailiot

Sou um estudante de História na Universidade Estácio de Sá e um entusiasta em Teologia. Acredito que o conhecimento é valioso apenas quando compartilhado. É por isso que estou aqui, disposto a compartilhar minhas reflexões teológicas. Junte-se a mim nessa jornada!

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Amós Bailiot

Graduando em História pela Universidade Estácio de Sá e estudioso de Teologia, defende a premissa de que o conhecimento se torna verdadeiramente valioso quando compartilhado. Junte-se a mim nessa jornada!

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