
Introdução
O tema do juízo de Deus desperta debates acalorados e levanta questionamentos profundos no contexto religioso. Especificamente, a doutrina adventista do Juízo de Deus tem sido alvo de críticas e dúvidas por parte de muitos.
Alguns argumentam que não há embasamento bíblico para a existência desse juízo e afirmam que o povo de Deus não será submetido a essa avaliação divina. No entanto, diante dessas controvérsias, é fundamental que nos aprofundemos nas Escrituras com diligência e discernimento, a fim de compreendermos a verdade sobre o juízo divino.
Um versículo frequentemente citado para questionar a validade dessa doutrina é João 5:24, onde Jesus declara: “Em verdade, em verdade vos digo: quem ouve a minha palavra e crê naquele que me enviou tem a vida eterna, não entra em juízo, mas passou da morte para a vida.”
A interpretação desse versículo tem gerado grandes discussões, especialmente em relação à palavra “juízo” mencionada. É importante que tenhamos cuidado, pois há muitos ensinamentos por aí que não estão em conformidade com as Escrituras ou que parecem estar, mas não estão.
Para uma compreensão correta, é essencial considerar o contexto histórico e linguístico desse versículo. Explorar o significado original da palavra grega “krisis”, traduzida como “juízo”, pode nos fornecer uma base sólida para discernir sua verdadeira conotação.
Portanto, convido você a explorar esse tema tão importante, deixando de lado preconceitos e opiniões pré-concebidas, e a aprofundar-se na compreensão da doutrina do juízo divino, buscando a verdade revelada nas Escrituras.
O significado do termo “juízo” na língua grega
A primeira medida a ser tomada diante de textos como este é verificar o contexto no idioma original em que foram escritos. Dessa forma, evitaremos cometer erros grosseiros de interpretação. Ao analisarmos o texto na língua grega, idioma em que o Novo Testamento foi escrito, percebemos claramente que a palavra “krisis” possui duas possíveis traduções: “julgamento” e “condenação”. Sendo assim, torna-se fundamental examinar cuidadosamente o contexto e a intenção do autor para alcançar uma interpretação precisa e embasada.
Diante disso, a conclusão à qual muitos pesquisadores chegaram é que a melhor tradução para esse texto não é “juízo”, mas sim “condenação”, como é apresentado na Bíblia Almeida Revista e Corrigida e na Nova Versão Internacional.
Vamos examinar o texto na Nova Versão Internacional: “Eu lhes asseguro: quem ouve a minha palavra e crê naquele que me enviou tem a vida eterna e não será condenado, mas passou da morte para a vida” (Jo 5:24, NVI). Portanto, para evitar condenação e ser absolvido, é necessário passar pelo juízo.
É importante destacar que Cristo não está descartando o juízo, ele não afirmou que aqueles que creem nele não passarão pelo juízo, mas sim que não serão condenados por ele. Todos passarão pelo juízo, conforme a própria Bíblia ensina. Não sou eu quem afirma isso, mas sim a Bíblia, que revela a existência de um tribunal celestial responsável por determinar quem será salvo e quem será condenado.
Vamos considerar o seguinte trecho das Escrituras, nas palavras do homem mais sábio que já existiu: “De tudo o que se tem ouvido, a suma é: Teme a Deus e guarda os seus mandamentos, porque isso é o dever de todo homem. Porque Deus trará a juízo todas as obras, até as que estão ocultas, quer sejam boas, quer sejam más” (Eclesiastes 12:13-14). A própria Bíblia confirma essa realidade.
Portanto, quando alguém lhe disser que você não passará pelo juízo, esteja ciente de que essa pessoa está mentindo. O juízo é para todos, de acordo com o ensinamento bíblico. E se você tem dificuldade em acreditar nas palavras de Salomão, então considere as palavras do maior teólogo do Novo Testamento, o apóstolo Paulo, que escreveu: “Pois todos nós devemos comparecer perante o tribunal de Cristo, para que cada um receba segundo o bem ou o mal praticado por meio do corpo.”
Quantos vão comparecer perante o tribunal de Cristo? Todos, inclusive Paulo. Agora, se você acredita que é mais santo do que Paulo e tem mais certeza da salvação do que ele tinha, saiba que foi Paulo, que tinha essa certeza, quem disse: “Eu vou comparecer um dia perante o tribunal” (1 Coríntios 4:5).
Entretanto, se você ainda não quer acreditar nem no homem mais sábio do mundo nem no maior teólogo do Novo Testamento, pelo menos acredite em Jesus. Veja o que Jesus disse em Mateus 12:36-37: “Eu lhes digo que no dia do juízo, os homens prestarão contas de toda palavra vã que proferirem. Pois pelas suas palavras você será justificado e pelas suas palavras você será condenado.”
Jesus falou sobre a existência de um juízo. E quem disse por aí que não teremos um juízo, que isso é invenção dos adventistas, está completamente equivocado, porque está na Bíblia. Todos nós seremos julgados um dia, essa é uma realidade apresentada pela Bíblia.
Mas por que as pessoas não gostam desse tema, inclusive adventistas? E por que muitos adventistas também não gostam desse tema? Porque têm medo do juízo. E sabe por quê? Por causa de pregadores que não possuem conhecimento adequado sobre o assunto. Eles sobem no púlpito e dizem coisas como: “Aquele que se converte não peca mais, e quem peca é porque não se converteu. Reafirmo, quem se converte não peca mais!” Imagine alguém que não possui conhecimento sobre o tema ouvindo isso. Infelizmente, muitos aprendem essa mensagem equivocada.
Outros ignorantes dizem ainda: “Sabe como é o juízo? É uma lista que vai subindo, lá no céu, e quando o seu nome passar, você será julgado. Uma vez julgado, o seu caso está decidido, e pode ser que você esteja dentro da igreja, já condenado, tentando ir para o céu.” Apresentada dessa forma distorcida, é uma doutrina horrorosa, não é mesmo? Não é de se admirar que algumas pessoas tremam ao falar sobre o juízo.
Embora mensagens equivocadas como essas sejam decepcionantes, precisamos lidar com o crescimento das pessoas, e todos devem aprender para ensinar corretamente. Portanto, é importante compreender que o juízo não ocorre dessa maneira na Bíblia. Mas como ele ocorre então? É o que veremos a seguir.
O juízo de Deus na Bíblia
Vamos explorar algumas questões com base na Bíblia. A primeira delas é: Haverá um juízo? E quem é o juiz, de acordo com a Bíblia? Vamos deixar a própria Bíblia responder!
Daniel 7:9 descreve uma cena em que tronos são estabelecidos e o Ancião de Dias se assenta. Ele está vestido de branco, com cabelos que se assemelham à lã pura. Seu trono é formado por chamas de fogo, com rodas de fogo ardente. Diante dele, há um rio de fogo e uma miríade de anjos o servindo. O tribunal é estabelecido e os livros são abertos.
A Bíblia menciona o juízo celestial em diversos textos. Nesse juízo, é o próprio Deus quem se assenta no trono como juiz. Alguns críticos questionam por que Deus precisa convocar um tribunal se Ele é onisciente e conhece tanto o passado quanto o futuro. Embora seja verdade que Deus seja onisciente, o juízo não é para Ele, mas sim para os anjos.
Os anjos necessitam desse juízo porque, em algum momento, um deles se rebelou contra Deus, acusando-O de injustiça e arbitrariedade. Essa rebelião deu origem ao que chamamos de “o grande conflito”, que começou no céu. Como resultado, um terço dos anjos foi expulso do céu, e esse conflito também tem levado milhares de seres humanos à perdição.
Os anjos não caídos, ou seja, aqueles que não se rebelaram, aguardam com expectativa o desfecho desse grande conflito. A fim de que Deus possa salvar uns e condenar outros, e para que fique evidente na mente de cada anjo santo que Deus é justo e que Sua lei é justa, é necessário um juízo.
Portanto, o juízo não existe por causa de Deus, uma vez que Ele é onisciente. Ele existe para que o caráter de Deus seja revelado diante dos anjos, para que eles tenham certeza de que Deus é digno de temor, adoração e que Ele é um Deus justo e equitativo. O próprio juiz é o Ancião de Dias, que é Deus. E as testemunhas nesse juízo são milhares de milhões de anjos que estão ao redor do trono.
A próxima pergunta que precisamos responder é: Quem são os réus nesse juízo? A resposta está em Romanos 3:23: “Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus.” No capítulo 5, Paulo continua sua explanação sobre como o pecado entrou no mundo por meio de Adão e, consequentemente, a morte alcançou a todos os seres humanos, uma vez que todos pecaram.
Os réus somos nós, humanos pecadores. Quem nos acusa é Satanás, o acusador, conforme mencionado em Apocalipse 12:10. Satanás nos acusa diante do trono de Deus, tanto de dia como de noite. Ele é aquele que aponta o dedo para nós, expondo nossas falhas.
Qual será a lei usada no juízo de Deus?
Em todos os sistemas judiciais conhecidos, é estabelecida uma lei que determina se uma pessoa será punida ou absolvida. Da mesma forma, no contexto do juízo divino, não é diferente. Existe uma lei que guia esse processo. Tiago 2:12 nos revela essa norma: “Assim falai e assim procedei, como devendo ser julgados pela lei da liberdade.”
A “lei da liberdade” mencionada nesse verso é um conceito poderoso. Ao examinarmos os versículos 10 e 11, percebemos que eles destacam dois mandamentos do Decálogo, a lei de Deus. Essa é a base pela qual seremos avaliados no tribunal celestial. É essencial compreender a importância dessa lei divina. Nossa fala e ação devem estar em total consonância com os princípios da lei da liberdade. Isso implica em viver de acordo com os mandamentos de Deus, buscando uma vida de retidão e obediência.
Atualmente, testemunhamos um flagrante ataque à lei divina. E por que o diabo está incitando tantas pessoas a desafiarem a lei de Deus? Porque seu objetivo é eliminar a lei do juízo, remover o próprio padrão de conduta. Se não houver um padrão claro, o que nos resta? Nada além do caos e da arbitrariedade. Cada indivíduo age conforme seus próprios desejos e caprichos. Eis aí a raiz do problema.
O propósito do juízo é trazer equilíbrio, tem que haver uma lei, um padrão de conduta. E qual é esse padrão? Nada menos que a própria lei de Deus, os Dez Mandamentos.
Como Deus avaliará cada ser humano que já existiu e que existe atualmente?
Essa é uma pergunta interessante, não é mesmo? Como Deus avaliará cada ser humano, dentre os bilhões que já existiram e os bilhões que existem atualmente? A resposta está nos livros de registro.
Deus, sendo onisciente, não precisa de um extenso processo de investigação. No entanto, como mencionamos anteriormente, os anjos não possuem conhecimento absoluto e não conseguem compreender plenamente todas as nuances que ocorrem neste planeta com cada ser humano.
No entanto, é importante esclarecer que quando lemos “livros” ou “rolos” na Bíblia, não significa que existem registros físicos empilhados no céu. Devemos entender que no plano celestial, há uma forma avançada de computação de dados, algo que transcende nossa capacidade imaginativa. Nesse sistema de armazenamento de informações, o que exatamente está sendo registrado? Deixemos que as próprias Escrituras esclareçam essa questão.
Em Daniel 7:10 está registrada uma visão sobre um rio de fogo, e milhares de milhares serviam diante de Deus. Foi nesse contexto que o tribunal foi estabelecido e os livros foram abertos. Esses livros mencionados são, de fato, os registros precisos e abrangentes de cada ser humano.
A Palavra de Deus também nos revela em Salmos 56:8 que Ele conta todas as nossas andanças e recolhe as nossas lágrimas em Seu odre, estando todas elas anotadas em Seu livro (confira os versos citados em sua Bíblia).
E o que exatamente está registrado nos “livros” de registro? Cada sentimento humano, cada lágrima derramada, cada ato, cada pensamento. Tudo o que nos acontece está minuciosamente registrado, com o propósito de garantir a justiça divina e evitar qualquer forma de injustiça. Esses registros são indispensáveis.
No entanto, essa extensa documentação criou um desafio para Deus. Ao registrar cada ato, palavra e pensamento, os livros revelaram que Ele lida com filhos e filhas profundamente pecadores. Agora, Deus enfrenta um dilema: como Ele pode salvar pecadores? Afinal, somente aqueles que são absolutamente perfeitos podem ser admitidos no céu. Qualquer falha em nossas vidas nos colocaria fora dessa possibilidade.
Essa afirmação está enraizada nas Escrituras e é ensinada pela teologia adventista. Deus somente pode levar para o céu aqueles que são verdadeiramente perfeitos, caso contrário, o diabo teria razão para acusar. Agora, se compreendemos o desafio que Deus enfrenta, surge a questão: como Ele resolve esse impasse?
A resposta está em um advogado, um advogado supremo. A Palavra de Deus nos diz: “Filhinhos meus, estas coisas vos escrevo para que não pequeis”. Esse é o ideal de Deus, que não pequemos. João enfatiza isso. No entanto, ele também reconhece a realidade da nossa condição e afirma: “Se, todavia, alguém pecar, nós temos um advogado junto ao Pai”. Quem é esse advogado? É Jesus Cristo, o Justo.
Resumindo, como Deus resolve o problema de ter que levar pessoas perfeitas ao céu? Ele nos concede esse advogado. Vamos explorar mais esse conceito na Bíblia, em particular no que Paulo, o maior teólogo do Novo Testamento, nos ensina.
Em Romanos 3:20, ele afirma: “…visto que ninguém será justificado diante dele por obras da lei, em razão de que pela lei vem o pleno conhecimento do pecado”. Mas por quê? Porque as obras da lei não podem salvar nem justificar. A função da lei é revelar o pecado, não nos salvar dele. O que, então, pode nos justificar? É isso que vamos explorar agora.
Como podemos encontrar justificação diante de Deus?
Vimos em Romanos 3:20 que não seremos justificados por nossas próprias obras. Essa revelação nos traz alívio, pois percebemos que nossas obras não têm o poder de nos salvar. Neste tribunal divino, não é o mandamento que guardamos que terá peso em nossa justificação. Reconhecemos que, como pecadores, inevitavelmente falhamos em cumprir os mandamentos.
Paulo prossegue com uma mensagem poderosa: “Mas agora, sem lei, se manifestou a justiça de Deus testemunhada pela lei e pelos profetas…” Romanos 3:21. Aqui, a obra e a obediência humanas saem de cena, assim como qualquer tentativa de alcançar a salvação por mérito próprio. No lugar delas, entra a justiça de Cristo.
Paulo declara: “…justiça de Deus mediante a fé em Jesus Cristo, para todos [e sobre todos] os que creem; porque não há distinção, pois todos pecaram e carecem da glória de Deus…” Romanos 3:22,23.
Então, o que exatamente Deus está fazendo aqui? Ele está removendo as nossas obras, que são imperfeitas, e substituindo-as pela justiça de Cristo. Chamamos isso de justificação pela fé, pois Ele remove o nosso pecado e coloca a obra perfeita de Cristo, a Sua justiça. Ainda não está claro?
Permita-me agora citar um trecho da escritora norte-americana Ellen G. White, que é de extrema importância e pode transformar a sua experiência religiosa. Ela escreveu: “Era possível a Adão, antes da queda, formar um caráter justo pela obediência a lei de Deus. Mas deixou de o fazer e, devido ao seu pecado, nossa natureza se acha decaída, e não podemos tornarmos justos. Visto como somos pecaminosos, profanos, não podemos obedecer perfeitamente a uma lei santa. Não possuímos justiça em nós mesmos com a qual pudéssemos satisfazer as exigências da lei de Deus. Mas Cristo nos proveu um meio de escape.
Viveu na Terra em meio de provas e tentações como as que nos sobrevêm a nós. Viveu uma vida sem pecado. Morreu por nos, e agora Se oferece para nos tirar os pecados e dar-nos Sua justiça. Se vos entregardes a Ele e O aceitardes como vosso Salvador, sereis então, por pecaminosa que tenha sido vossa vida, considerados justos por Sua causa. O caráter de Cristo substituirá o vosso caráter, e sereis aceitos diante de Deus exatamente como se não houvésseis pecado.” Caminho a Cristo, p. 62.
Compreendeu agora? Adão tinha a capacidade de desenvolver um caráter justo ao obedecer à lei de Deus, porém, ele falhou nessa tarefa e, devido ao seu pecado, nossa natureza ficou corrompida, impossibilitando-nos de alcançar a justiça por nós mesmos. É muito importante compreender a verdade fundamental do evangelho: após a queda de Adão, não temos a capacidade de formar um caráter justo, simplesmente não podemos.
Somente por meio de Cristo, que viveu na terra enfrentando provações e tentações semelhantes às que enfrentamos, podemos ser justificados. Você entendeu o que significa a justificação pela fé? Jesus tira os seus pecados e substitui-os pela Sua própria justiça.
Não é pela sua bondade pessoal, pela guarda do sábado, pela devolução do dízimo ou pela abstenção de cometer homicídios. Essas ações não lhe garantirão a justificação.
E quando enfrentarmos o julgamento e o diabo nos acusar, revelando nossos erros e transgressões, nosso advogado, Jesus, responderá: “É verdade, ele cometeu esses erros, mas olhem para as minhas mãos. Eu paguei o preço pelos pecados que ele cometeu. Além disso, ele se arrependeu e fez o melhor que pôde.” É esse advogado a nossa única solução.
Quando nos apresentarmos diante do tribunal com todas as nossas ações, inclusive aquelas ocultas que ninguém conhece, poderemos sentir que estamos perdidos. No entanto, se estivermos ao lado do nosso advogado, ele nos defenderá.
E o que nosso advogado pede em troca? Ele pede apenas uma coisa: que depositemos nossa fé nele como nosso advogado. Alguns podem declarar: “Não acredito na Bíblia, não quero um Jesus, não confio em nada relacionado ao céu.” Bem, nesse caso, o fogo estará à sua espera.
Contudo, se confiarmos na Bíblia, em Deus e em Jesus como nosso advogado, o céu nos aguarda. Ele requer somente isso: que tenhamos fé nele.
Conclusão
Há quanto tempo você tem adiado sua decisão? O julgamento já está em andamento e não sabemos quanto tempo nos resta, pois nenhum de nós pode garantir estar vivo amanhã. A escolha mais sábia que podemos fazer é entregar nossas vidas nas mãos desse advogado e pedir que ele interceda por nós.
Ao fazermos isso, deixamos para trás as vidas de pecado que só nós conhecemos. Em troca, recebemos a vida pura e impecável que Jesus viveu. Quando o Ancião de Dias, o Pai, nos olhar no tribunal de Cristo, não verá nossas boas ou más obras. Ele verá apenas a justiça de Cristo, e como Ele não pode condenar a Cristo, que nunca pecou, somos salvos por tabela. É assim que seremos salvos, por causa de Jesus.
Se você quer ser salvo por meio dele e deseja viver uma vida justa, então você precisa desse advogado. Não há outro caminho. Então quer dizer que a lei deve ser desprezada? É claro que não. Quando você ama esse advogado, ele o guia no caminho da obediência. No entanto, mesmo amando esse advogado, haverá momentos em que você tropeçará e cairá.
Por fim, gostaria que você refletisse sobre o seguinte: quando duas pessoas se casam, vão ao cartório para obter a certidão de casamento. No entanto, em algumas ocasiões, surgem brigas e os cônjuges podem se magoar. Mas isso não significa que a certidão tenha sido cancelada. Da mesma forma, quando adotamos uma criança e ela se comporta mal, não significa que a certidão de adoção foi anulada.
Portanto, quando entregamos nossa vida a Cristo e, às vezes, cometemos pecados ou nos afastamos do caminho, isso não significa que nossa salvação seja anulada. Isso não implica em rejeição. Nos momentos em que falhamos, nosso Pai celestial nos ergue e diz: “Vamos recomeçar, eu te ajudarei em tua jornada.” Essa história pode se repetir várias vezes até a volta de Jesus.
Agora, se acreditamos que somos tão santos a ponto de nunca pecar, isso pode indicar que estamos distantes Dele. Aqueles que caminham com Jesus reconhecem suas falhas ao observar a comunidade dos irmãos. Quanto mais somos perdoados, mais amamos. Esse é o cerne do evangelho.
Portanto, não devemos temer o juízo divino, mas ansiar por ele, pois quando chegar, seremos absolvidos e declarados salvos para toda a eternidade. Os salvos terão mil anos para examinar todos os registros daqueles que foram condenados, e verão que Deus agiu com justiça, equidade e amor.
Que essa reflexão nos fortaleça em nossa fé e nos motive a viver de acordo com os ensinamentos de Cristo. Que possamos confiar na obra redentora de Jesus e buscar uma vida de amor, perdão e reconciliação. A certeza da salvação está em nossa entrega a Ele e em Sua graça abundante.
Que sejamos guiados por Seu Espírito e vivamos na expectativa da maravilhosa promessa de um futuro eterno ao Seu lado.